quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Natália Correia, clarividente e profética

"A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista".

 "A sua influência (dos retornados) na sociedade portuguesa não vai sentir-se apenas agora, embora seja imensa. Vai dar-se sobretudo quando os seus filhos, hoje crianças, crescerem e tomarem o poder. Essa será uma geração bem preparada e determinada, sobretudo muito realista devido ao trauma da descolonização, que não compreendeu nem aceitou, nem esqueceu. Os genes de África estão nela para sempre, dando-lhe visões do país diferentes das nossas. Mais largas mas menos profundas. Isso levará os que desempenharem cargos de responsabilidade a cair na tentação de querer modificar-nos, por pulsões inconscientes de, sei lá, talvez vingança!"

 "Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente".

 "Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica".

"Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reacionário centrão".

 "Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"

"As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas ruturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir".

 Natália Correia

 Todas as citações foram tiradas do livro "O Botequim da Liberdade", de Fernando Dacosta.

 Publicado no FOICEBOOK por Daniel Vaz de Carvalho

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“Os 400 mais ricos nos Estados Unidos têm mais riqueza do que 160 milhões de pessoas”

Entrevista com James Petras: 


“A política económica, tanto de Barack Obama como do Congresso, não melhorou as reais taxas de desemprego nem reduziu as desigualdades” e “menos do 1% possui mais riqueza do que metade da população. 

A situação não poderia ser mais grave”.

Para ler aqui no odiario.info

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013


"Se há alguém que ainda não tenha compreendido o PCP quando falamos de concentração e centralização de capital comecem por ler esta notícia.


Portugal tem mais multimilionários e estes estão mais ricos apesar da crise


Depois vejam a forma como os grandes grupos económicos e financeiros vão engolindo salários e pequenas empresas, como vão reforçando as suas posições monopolistas e aumentando o controlo sobre a economia e o poder político para que lhes caiam nos bolsos fatias cada vez maiores da riqueza nacional.


E, no fim, vejam se isto serve os vossos interesses ou se é do vosso interesse lutar contra tudo isto."


João Oliveira

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Comício comemorativo do Centenário de Álvaro Cunhal

Intervenção de Jerónimo de Sousa
Luísa Basto
Brigada Vitor Jara e Samuel

domingo, 10 de novembro de 2013

sábado, 9 de novembro de 2013

Centenário de Álvaro Cunhal


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Em GREVE!


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Um orçamento imoral

– Prolonga a recessão económica 
– Agrava ainda mais as desigualdades de rendimento e as dificuldades das famílias

A política de austeridade, que se tem traduzido por um enorme aumento de impostos e por cortes brutais na despesa pública, tem fracassado no seu objetivo principal. Um dos mais importantes era a redução do défice orçamental para assim, primeiro, conter a divida pública e, depois, reduzi-la. Ora o que tem acontecido como consequência da política de austeridade foi precisamente o contrário: a divida pública disparou com o governo PSD/CDS e "troika ". Segundo o Eurostat, entre 2001 e 2004 (governos de Durão Barroso e Santana Lopes), a divida púbica cresceu, em média, 3.950 milhões € por ano; com os governos de Sócrates (2005-2010), a divida pública aumentou, em média, 9.100 milhões € por ano; em 2011 e 2012 (governo de Passos Coelho e "troika") a dívida pública cresceu 25.300 milhões € por ano, ou seja, a um ritmo 6,4 vezes superior ao verificado durante os governos de Durão Barroso e Santas Lopes, e 2,7 vezes superior ao registado durante os governos de Sócrates. É um autêntico descalabro e a prova de que a chamada "política de austeridade" de cortes brutais aos trabalhadores e pensionistas fracassou no seu objetivo principal. Em Agosto de 2013, segundo o Banco de Portugal, a divida das Administrações Públicas atingiu 254.638 milhões € (155,2% do PIB) e a divida pública na ótica de Maastricht que não inclui a totalidade da divida, alcançou 214.880 milhões € (131,4% do PIB), um valor nunca antes atingido. 

Apesar do total fracasso da política seguida nos últimos dois anos, a proposta de OE-2014, prevê, para 2014, mais um corte na "Educação" de 467 milhões €; na "Saúde" de 271 milhões €, e na Segurança Social de 235 milhões €; portanto, nas três mais importantes Funções Sociais do Estado o corte em 2014 atinge 973 milhões €. Se pormenorizarmos a análise conclui-se, em relação ao SNS, as transferências do OE diminuem em 2014, relativamente às de 2013, em 300 milhões €; o "Ensino básico e secundário" sofre um corte de 565,2 milhões €, e a própria "Ciência e o ensino superior" sofrem também um corte no seu orçamento de 70,1 milhões €. Este corte na despesa com as Funções Sociais do Estado está associado à transferência para os serviços públicos (ex. escolas, centros de saúde, etc.) e entidades públicas (Hospitais EPE, estabelecimentos do ensino superior, autarquias, etc.) de encargos que antes eram suportadas diretamente pelo Ministério das Finanças. Entre 2013 e 2014, as contribuições destes serviços e entidades para a CGA aumentam de 20% para 23,75% o que corresponde a um encargo adicional de 473 milhões € (entre 2012 e 2014, aumentou de 15% para 23,75% determinando um encargo adicional que estimamos em 1.103 milhões €). Corte brutal nos orçamentos destes serviços e entidades, associado a transferência de mais encargos para eles só poderá causar o estrangulamento financeiro, mais despedimentos, cortes em consumos importantes, e degradação de serviços essenciais à população. 



Em 2014, o governo pretende fazer um corte nas remunerações dos trabalhadores da Função Pública atingindo a maioria deles pois aplicam-se a todos com remunerações ilíquidas totais superiores a 600€ (apenas está isento o subsidio de alimentação, de transportes e ajudas de custo). Este corte para além de atingir trabalhadores que estavam isentos nos cortes anteriores (com remunerações inferiores a 1.500€), determina um aumento nos cortes dos trabalhadores com remunerações entre os 1.500€ e 3.000€ que chega a atingir 207%, como consta do quadro 3. Também contrariamente ao que tem afirmado o governo, muitas pensões de sobrevivência poderão ser atingidas por um duplo corte, e o corte também poderá atingir pensões de sobrevivência de 100€ ou inferiores como mostramos neste estudo. 


Finalmente há novas disposições introduzidas pela proposta de lei do OE-2014 e pela Lei dos cortes das pensões para as quais queremos chamar a atenção dos trabalhadores da Função Pública, pois têm sido omitidas pela comunicação social. O fator de sustentabilidade que em 2013 reduz a pensão de aposentação em 4,78%, e que o governo pretende aumentar arbitrariamente para 12% em 2014, em relação aos trabalhadores que pedirem a sua aposentação até 31-12-2013, incluindo os que apresentaram até 2102, mesmo que o despacho seja emitido em 2014, o fator de sustentabilidade que se aplica é o de 2013, ou seja, 4,78%. Segundo uma disposição da proposta de lei do OE2014, a atualização da remuneração de 2005, que serve de base de cálculo do P1 (pensão correspondente ao tempo de serviço até 2005) deixa de ser feita com base no aumento do índice 100 da remuneração do Função Pública e passa a ser com base no coeficiente de revalorização utilizado pela Segurança Social, o que aumenta a atualização de 8,2% para 17,12%. O governo revoga a partir de 2014 a bonificação que existia na pensão unificada assim como para as carreiras longas (redução de um ano na idade legal de aposentação por cada conjunto de 3 anos de descontos que o trabalhador tivesse para além de 30 no dia em que fez 55 anos de idade).

Resumo do estudo de Eugénio Rosa publicado em Resistir.info.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Estamos a pagar as dívidas da banca", denuncia Carlos Carvalhas

O antigo secretário-geral do PCP Carlos Carvalhas afirma que os portugueses estão a pagar pelas dívidas da banca e acusa o Governo de um “roubo descarado” com o Orçamento do Estado para 2014.

“A firmeza e a determinação com que as pessoas estão demonstram o grau de indignação e o grau de protesto e mostram também que com esta política Portugal não vai sair da crise”, refere Carlos Carvalhas à Antena1 durante o protesto desta tarde organizado pela CGTP.

Questionado pela jornalista Patrícia Cerdeira sobre como encara o anúncio de cortes para reformados e funcionários públicos, Carvalhas recorda que “o povo gritou gatunos”. “É um roubo descarado”, sublinha, acrescentando que “estamos a pagar as dívidas da banca”.

Ver vídeo aqui.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013



 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR