terça-feira, 31 de maio de 2011

VOTAR NO PS, PSD OU CDS É VOTAR PELA DITADURA DO FMI/BCE/UE

Os três partidos que subscreveram o "memorando de entendimento" redigido pelo FMI/BCE/UE fizeram um pacto tácito entre si: não falar publicamente, durante a campanha eleitoral, das consequências terríveis das medidas ditadas pela troika .

O PS, o PSD e o CDS estão coniventes e conluiados no seu desejo de esconder tais malefícios contra o povo português.

Sócrates actua como o sr. Papandreu, na Grécia quando aceitou o acordo com o FMI/BCE/UE.

O PSD e o CDS actuam como os partidos da "oposição" que apoiaram tal diktat imperial.

Nas eleições de 5 de Junho de 2011 o único voto seguro é o da rejeição liminar de qualquer apoio ao PS, PSD ou CDS e o reforço dos que se opõem ao diktat da troika.
 
Tão pouco a abstenção eleitoral ou voto branco são formas de "protesto".
 
A única forma eficaz de protesto é reforçar decididamente quem se opõe à ditadura do FMI/BCE/UE.
 
Raciocínios especiosos sobre votos ditos "úteis" revelar-se-ão completamente inúteis após o dia 5 de Junho.
 
Escolher entre o sr. Sócrates, o sr. Coelho ou o sr. Portas é o mesmo que escolher entre o cancro, a SIDA ou a lepra.
 
As medidas bárbaras sofridas agora pelo povo grego dão uma antevisão do que nos espera com esta "ajuda" do FMI e do sub-imperialismo europeu.
 
Publicado no Resistir.info

segunda-feira, 30 de maio de 2011

JERÓNIMO EM ÉVORA

domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Único comentário: o título - Quando a falta de escrúpulos e os truques dão mau resultado

No Público online :

«Ao contrário do que foi noticiado e confirmado pelo PS, os arquitectos Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura não vão estar presentes no pequeno-almoço com José Sócrates, agendado para amanhã.

A campanha socialista agendou para amanhã de manhã, no Porto, um pequeno-almoço “com individualidades”.

À comunicação social não foram revelados os nomes dos convidados, mas esta tarde um assessor de imprensa do partido disse ao PÚBLICO que entre os convidados estariam os arquitectos Siza Vieira e Souto de Moura, tal como foi hoje noticiado pelo “Jornal de Notícias”.

Contudo, nem Siza Vieira nem Souto de Moura, vão participar nesta acção de campanha.

Ao PÚBLICO, Siza Vieira explicou que foi, de facto, convidado para um encontro com José Sócrates, embora lhe tenham informado que seria uma reunião “informal” e na qual estaria também presente Eduardo Souto de Moura.

O arquitecto recusou identificar quem lhe fez o convite.

Esta manhã, quando tomou conhecimento de que o seu nome estava a ser apontado como uma das “individualidades” que estariam presentes no pequeno-almoço com Sócrates, telefonou “imediatamente” a recusar o convite.

“O que me tinham dito inicialmente é que este encontro não tinha nada a ver com a campanha eleitoral”, explicou.

Embora tenha “boas relações” com o primeiro-ministro demissionário, Siza Vieira nota que “toda a gente sabem quem eu apoio”.

A notícia deu também origem a um desmentido por parte do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que, esta manhã, afirmou estar “autorizado” para sublinhar que Siza Vieira “mantém o seu apoio à CDU”.

O PÚBLICO sabe também que Eduardo Souto de Moura não estará presente no encontro com Sócrates. »

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Última hora ! Passos Coelho nomeado director de campanha do PS

Esta é a terceira insinuação que, com mais ou menos seriedade e ironia, aqui faço sobre a suspeitíssima campanha eleitoral do PSD onde a cada cavadela minhoca !, ou seja, a cada afirmação uma atabalhoada rectificação posterior.


Hoje a notícia é a de que à Renascença declarou que « quer reavaliar a lei do aborto e admitiu um novo referendo sobre a matéria» mas já depois (ver Público online) já esclareceu «que não apresentará qualquer iniciativa para rever a lei do aborto».


Entretanto, como lhe compete, Sócrates explora em profundidade e goza que nem um perdido.


Por isso, com crescente seriedade e decrescente ironia, pergunto apenas:


não seria mais sério, digno e transparente que Passos Coelho fosse nomeado director da campanha eleitoral do PS ?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hoje há Avante!

DESTAQUES:
Comício da CDU em Lisboa em defesa da soberania
O povo tem o direito a decidir do seu futuro
Ao recusar os «actos de submissão que tentam aprisionar a vontade soberana do nosso povo, como aquele que sem brio e sem dignidade patriótica PS, PSD e CDS pretendem concretizar no pacto com o FMI e a União Europeia», a CDU assume-se como o garante da independência e da soberania nacionais, afirmou Jerónimo de Sousa no domingo, num comício realizado em Lisboa.

Propostas concretas do PCP para uma política patriótica e de esquerda
50 medidas e acções para a Mudança
No seu compromisso eleitoral apresentado aos portugueses no dia 21 de Abril – e foi o primeiro partido a fazê-lo –, o PCP aponta caminhos e soluções para os problemas mais graves e candentes que estão colocados ao povo e ao País.
Enriquecendo o conteúdo dessas linhas orientadoras do seu programa, na passada semana, pela voz do seu Secretário-geral, o PCP deu a conhecer 50 propostas concretas que assumem o carácter de «verdadeiros compromissos para a mudança».
Propostas, como sublinhou em conferência de imprensa Jerónimo de Sousa, que exprimem «um sentido de ruptura e mudança com o actual rumo de desastre nacional», indo simultaneamente «ao encontro das justas e legítimas aspirações de largos sectores da sociedade».
Lisboa e no Porto
Milhares contra FMI
As grandes manifestações de quinta-feira, 19 de Maio, levaram dezenas de milhares de pessoas às ruas de Lisboa e do Porto em protesto contra o programa imposto pela troika estrangeira, com submissão ou apoio da troika nacional e do Presidente da República.

Espanha
Derrota do PSOE
O PSOE sofreu no domingo uma derrota histórica: perdeu praticamente um milhão e meio de votos, sendo vencido nas 13 comunidades autónomas em disputa e na esmagadora maioria dos oito mil municípios.
Vamos votar
PCP + PEV = CDU
Os boletins de votos não são iguais em todo o País. Na hora de votar procura bem a linha onde aparece o símbolo do PCP e do PEV. Vota!

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Banca escondida com o dito de fora

Ontem quer o Negócios, quer o Diário Económico publicavam dois suplementos, sem o título de publicidade paga, em que se procurava quer num, quer noutro, lançar a dúvida e o receio das aplicações nos certificados de aforro e Títulos do Tesouro ao mesmo tempo que se fazia a apologia dos depósitos a prazo na banca.

Segundo esta publicidade mal disfarçada a renegociação da dívida portuguesa – e davam como exemplo o caso da Grécia -, poderia ter lugar.

Reparem que quando se trata de lançar o pânico e levar a água ao seu moinho os banqueiros já acenam com o papão da renegociação da dívida.

Segundo estes uma renegociação ou reestruturação também atinge as poupanças colocadas no Estado, pois segundo doutos (!) juristas ouvidos para o efeito os credores teriam de ser taxados da mesma maneira “.

Todos deveriam sofrer uma “perda semelhante” e concluíam doutamente que “Tal acção como os restantes instrumentos da dívida pública, também os certificados poderiam ver o capital, a taxa de juro e a maturidade alteradas”.

 Fantástico!

A dívida pública é interna e externa e o que se pretende renegociar é a dívida pública externa.

No caso da interna a renegociação poderia fazer-se com os bancos que andaram e andam a receber do Estado taxas de juro de 6 e 7% e que se serviram desses títulos como garantia para irem buscar dinheiro ao BCE a 1%.! .

Basta de vigarice.

Basta de hipocrisia.

Mas sobre isto o governo nada diz,não quer enfrentar a banca e assim, por omissão ,colabora com esta manobra de descredito dos títulos de poupança do Estado

A Banca não olha a meios para atingir os seus fins .

Querem mais lucros à custa do povo e do país.

E o governo diz amen.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sócrates - Quem não tem vergonha todo o mundo é seu!

Qual é a melhor maneira de suportar os discursos de José Sócrates?

Fácil!

É não entender uma palavra do que ele diga.

Este é apenas mais um singelo contributo para comentar a notícia do “Correio da Manhã”, que nos dava conta da arregimentação de imigrantes paquistaneses e indianos a troco de refeições, para os comícios de Sua Excelência o Presidente do Conselho, com a tarefa de agitar bandeiras e cumprimentarem muito o candidato... se houvesse câmaras de vídeo e fotografia apontadas, presumo.

Acresce o pormenor delirante de alguns desses imigrantes, contratados nas obras e em lojas do Martim Moniz, não entenderem (nalguns casos) uma palavra de português.

Segundo uma mais recente prosa, desta vez do “i”, depois da escandaleira provocada pela descoberta da origem destes motivadíssimos "apoiantes" de Sócrates, a coisa teve o desfecho que se esperaria: os imigrantes do Paquistão e da Índia foram “apagados” de cena.

Trata-se de uma «estrutura voluntária que não é controlada… e que poderá não voltar a aparecer», teve ainda assim a lata de explicar alguém da direção da campanha.

Mesmo não podendo deixar de registar a triste situação económica que poderá ter levado estes imigrantes a aceitar tal “convite”, verificar que alguém na campanha do PS terá achado que aquela farsa poderia durar mais do que um ou dois comícios é, ao mesmo tempo, tão desanimador e tão ridículo, que nem apetece comentar a sério.

Seja como for, dada a origem geográfica destes imigrantes “voluntários”, a estória fez-me lembrar uma das piadas de um velho programa radiofónico de humor, o “Pão com manteiga”, piada que me apetece aqui “remodelar”.

Quanto mais a mentira sobe, mais o “Bangladesh”! (*)* No original, “quanto mais o dólar sobe...”

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O NOVO FUHRER

Obama diz que, se necessário - concretamente: «se algum dirigente talibã for localizado no Paquistão» - ordenará uma operação semelhante à que levou ao assassinato de Bin Laden, ou seja: à revelia do conhecimento e da autorização dos governantes paquistaneses.

É o novo fuhrer a falar, que é como quem diz, a ordenar, a ameaçar - como se fosse o dono do mundo, o Chefe ao qual todos devem obedecer sem hesitações... se não, já sabem o que vos acontece...

Mas é um fuhrer mais perigoso do que o dos anos 30/40: porque, estando ambos empatados em matéria de instintos sanguinários e ausência de escrúpulos e de respeito pelos direitos humanos, Obama dispõe de meios muito mais poderosos e, ao contrário da Alemanha nazi - que era contestada ou combatida pela maioria dos países do Planeta - o imperialismo norte-americano tem o apoio servil da maioria dos países...

Na entrevista em que proferiu as declarações acima referidas, Obama fez questão de afirmar que «temos muito respeito pela soberania do Paquistão» - acrescentando de imediato: «mas o nosso trabalho é garantir a segurança dos EUA»

Como se vê, também em hipocrisia o novo fuhrer pede meças ao antigo...

domingo, 22 de maio de 2011

Guantanamo Allgarve Inn.

É este o grande projecto do PS de Soares e Sócrates para Portugal: sem salários, sem férias, sem horário de trabalho de trabalho, sem direitos, sem informação, sem cultura, sem autodeterminação, um belo dia, num futuro próximo, receberemos o nosso saquinho de plástico a troco do privilégio de votar no Partido do “S”, no único quadradinho constante do boletim de voto.

Nasceremos já com dívida original, já em falta, já com culpa.

Percorreremos o país de autocarro, atrás da bancada metálica que se monta em frente ao grande líder.

Não saberemos bem o que se passa, pois seremos estrangeiros no nosso próprio país.

Pior: seremos estrangeiros imigrados no nosso próprio país.

O país do “S”.

Olharemos embasbacados a televisão com os seus manipuladores de opinião e de realidade.

Discutiremos e sonharemos horas a fio o tom, a hesitação, o soluço, a lágrima, a gravata, a esposa, a gaffe, a sondagem, a entrada prematura em directo que nos oferecem para nos regalarmos e rirmos, enquanto anunciam que jovens vão começar a morrer porque faltaram rissóis na Quinta da Marinha.

Pedro Penilo no 5dias

sábado, 21 de maio de 2011

Todos os dias se aprendem coisas novas...

 ... ou não.

Ou seja, algumas das coisas novas podem ser coisas sabidas.

Que estavam em pousio, e foram agitadas por uma palavra, um gesto, uma pergunta, uma crítica.

Renegociar é o contrário de não querer pagar!

Lembro-me de ter aprendido que o crédito concedido, por exemplo, a pequenos empresários ou a particulares para comprarem carros, ou a quem quer que fosse, era garantido por um título de crédito em que quem ficava devedor se comprometia, com a sua assinatura, a pagar num determinado prazo a quantia emprestada, com um juro estipulado. (Não será a definição mais rigorosa... mas serve).

Ah!, e nessa altura a assinatura, a palavra de honra e coisas assim, eram sagradas (salvo seja e deus me perdõe...).

Bem, não me desvie eu do caminho que aqui me trouxe e em que quero prosseguir.

Como ia dizendo, quem devia, dava a garantia da sua letra, em assinatura, normalmente numa letra.

Depois, se adviessem acontecimentos que impedissem o devedor de cumprir, nos prazos e quantitativos, o compromisso, negociava o que se chamavam reformas.

Isto é, amortizava-se (ou não) uma parte da dívida, e acordavam-se outros títulos de créditos pelo restante, em prazos e com juros negociados.

Era uma negociação (ou renegociação) com a intenção de pagar. E, por vezes (muitas) já tudo fazia parte de um plano para desconto nos bancos... e dos nossos PEC acados.

Quem não queria /ou não podia) pagar, e não queria renegociar deixava... ir para protesto!

Entrava a justiça.

Do que eu me fui lembrar!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

BANDALHOS

Mais um jornalista foi assassinado nas Honduras.

Chamava-se Hector Polanco e tinha denunciado negócios escuros envolvendo políticos e agrário de São Pedro de Sula.

Hector Polanco é mais uma vítima da brutal repressão que se instalou nas Honduras após o golpe militar, concebido pelo Governo de Obama e executado por fascistas locais.

As Honduras são, hoje, um dos países mais perigosos para jornalistas: em 2010 foram assassinados 11 profissionais da informação.

Sobre estes crimes, os média dominantes portugueses lançaram uma cerrada cortina de silêncio: nem uma referência, nem uma palavra, nada.

Nem sequer a notícia do crime.

Os jornalistas assassinados nas Honduras são colegas de profissão dos jornalistas portugueses e, destes, não há um único - um único! - que tenha a coragem de um gesto solidário, de denunciar os crimes brutais que ali estão a ser praticados.

Não há um único!

Bandalhos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Hoje há Avante!

DESTAQUES:
Renegociar a dívida
Jerónimo de Sousa reagiu, no Barreiro, ao anúncio do apoio do ECOFIN à intervenção externa em Portugal, avançando que o PCP apresentará logo no início dos trabalhos parlamentares a sua proposta de renegociação da dívida pública portuguesa.
Troikas atacam «bifes do lombo»
O «memorando de entendimento», que une a troika que veio de fora e a troika que governa cá dentro há 35 anos, preconiza a urgente entrega ao grande capital de todas as participações públicas nas empresas mais rentáveis. As organizações dos trabalhadores contestam o aprofundamento de uma linha que já causou graves prejuízos ao País e apelam à luta, para que os «bifes do lombo» da economia nacional não fiquem totalmente nas mãos de quem coloca o lucro máximo acima de todos os interesses.
Agora CDU
A pré-campanha da CDU percorre o País de Norte a Sul levando o esclarecimento e a mensagem que é preciso para o voto consciente em 5 de Junho. Nas próximas eleições, a novidade é Agora CDU.

Situação explosiva
Um ano depois da entrada do FMI anuncia-se novo pacote de medidas. Estão na calha mais cortes nos salários, nas prestações sociais, na Saúde, Educação, protecção e Segurança Social, a desregulamentação laboral e aumento de impostos sobre o consumo.
Protestos sobem de tom
Milhares de pessoas manifestaram-se, quinta e sexta-feira, em Nova Iorque e na Califórnia, contra os cortes orçamentais e exigiram que sejam os responsáveis e beneficiários da crise a pagar a factura.

quarta-feira, 18 de maio de 2011



É bom que os portugueses arranjem maneira de garantir que esta “gerência” do PSD, pelo menos, não ganhe as eleições do próximo dia 5 de Junho. 
Votando CDU, votando BE, votando PS, votando CDS... mas votando!
Agora já não se trata de saber se esta “gerência” do PSD é mais ou menos de direita, se é mais ou menos neoliberal, se deixou ou não de ser social-democrata. 
A sequência infernal de asneiras cometidas por Passos Coelho, os seus avanços e recuos seguidos de explicações atabalhoadas e embaraçosas, as inanidades produzidas por Relvas, as bacoradas constantes do lamentável Catroga (que alguém, desgraçadamente, se esqueceu de sepultar), tudo somado ao cortejo interminável de aberrações dos demais ajudantes, mostra à saciedade e à sociedade que aquela gente não passa, afinal, de um bando de estúpidos. 
 Estúpidos como portões de quinta! 
Estúpidos como os pés que os arrastam! ... e isso nunca pode ser bom para o país, muito menos agora.
Esta última polémica, envolvendo o programa “Novas oportunidades”, mais uma vez atacando o primeiro-ministro em matérias em que este tem a faca e o queijo na mão, o aparelho de Estado e a sua máquina esmagadora de propaganda batoteira, tudo em doses suficientes para os esmagar com a resposta, numa batalha em que com toda a facilidade, arregimentará a simpatia e apoio de muitos milhares de beneficiários do programa, mais as suas famílias, mais os amigos... é um belo exemplo do grau de estupidez que os contamina. 
Não é o suficiente para ter "peninha" do PPD-PSD... mas é impressionante vê-los a afundar... 

NEGOCIATAS & DESPERDÍCIO DE DINHEIROS PÚBLICOS


Publicado no Resistir.info

terça-feira, 17 de maio de 2011

ROBIN HOOD AO CONTRÁRIO: A Taxa Social Única é parte do salário, reduzi-la é tirar dinheiro aos trabalhadores para o bolso dos patrões.

A Taxa Social Única é a parte do salário dos trabalhadores que os patrões entregam (quando não ficam a dever) à Segurança Social, para o pagamento das pensões, subsídio de desemprego, e outras prestações sociais que, ao contrário do que muita gente pensa, não saem do dinheiro dos impostos mas das contribuições originadas pelo nosso trabalho.

Num país que já tem os mais baixos salários da Europa, com a solução de substituir parte das receitas da Taxa Social Única pelo aumento do IVA está-se a meter mais dinheiro nos bolsos dos patrões, tirando-o aos trabalhadores que vão passar a pagar duas vezes, agora também através do IVA.

Se o objectivo é melhorar a competitividade da economia portuguesa, porque não se reduzem os custos dos outros factores de produção (energia, transportes, etc.), e/ou se melhora a eficiência da sua utilização? 

Porque não se investe na criação de produtos e serviços de maior valor, tirando partido das acrescidas qualificações da nossa juventude?

A redução da Taxa Social Única, para além dum descarado roubo a quem trabalha, é ainda a confirmação da escolha em aprofundar o modelo económico que a burguesia caseira e os investidores beduínos sempre impuseram a Portugal: uma economia baseada em baixos salários e cada vez mais dependente, até para comer, das importações.

Mas das troikas, de fora (FMI/UE/BCE ) ou caseira (PS/PSD/CDS), para além deste presente sombrio só podemos, garantidamente, contar com um futuro ainda mais negro. 

Sem fascismos que possam desculpar a apatia e submissão generalizadas a este tipo de medidas, permitir que as coisas continuem por este caminho é também culpa nossa.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"60 minutos" difíceis de "ou(vi)ver"

Quem tenha "ouvisto" ontem o programa da Sic-noticias com o título 60 minutos terá, decerto, sentido algum desconforto. 

Foi insuportável! 

Talvez o tenha sido mais para aqueles que apoiaram Obama, e o erigiram em grande exemplo, esperança, mito, justo Prémio Nobel da Paz,sei lá que mais, e que não tenham perdido lucidez e sentido crítico. 

Deve ter sido muito penoso!

Em entrevista a um homem ao seu serviço (podem ver-se videos anteriores em que o mesmo "jornalista" faz o seu "trabalho"... porque este de ontem não está - ainda? - acessivel, pelo menos na versão legendada), Obama vai respondendo a questões sobre o ataque a Ossama bin Laden e a sua morte.


Que história mal contada! 


Que descarada encenação ao nível da tragédia à maneira da Casa Branca!


Os preparativos da operação "Gerónimo" e a sua execução, aqui em pormenor absolutamente infantil, ali em completa nebulosidade ou opacidade total, o corpo lançado ao mar, um pedaço de pele para comprovar o ADN, as fotos ou não fotos...



Não está em causa, neste "post", bin Laden. 


Este homem, que teria sido um "monstro" teria sido assassinado pelos seus criadores. 

Se o foi... Mas não, decerto, daquela maneira, ou já o terá sido numa das 9 anunciadas vezes anteriores, ou sê-lo-á qualquer dia... ou morrerá num hospital qualquer ou num lar para velhos ricos. 

Talvez nos Estados Unidos.

O que está em causa é toda a encenação para nos fazerem acreditar numa versão de um acontecimento que, ao ser contado, apesar da inegável capacidade de efabulação e demagogia do contador, se revela uma mentira insustentável, uma aldrabice incrível, uma hipocrisia despudorada.


Vê-se como, lá na Casa Branca, avaliam as gentes, as pessoas, os homens e as mulheres comuns: tão ingénuos e estúpidos quanto, por lá, se é imaturo e criminoso.  

  

domingo, 15 de maio de 2011

Atenção, muita atenção: O agora e o depois.

As manchetes do i e do DN de ontem e do Público de hoje ilustram respectivamente um aspecto saliente da «obra» recente do PS no Governo e uma das infindáveis e gravosas consequências do acordo da troika nacional -PS, PSD e CDS - com a troika estrangeira.
É tempo, imperioso tempo, de os eleitores se darem conta e tomarem boa consciência das consequências das suas opções de voto. Os que, por esta ou aquela razão ou condicionalismo, de dispuserem a votar no PS, no PSD ou no CDS não podem ignorar que, mais adiante, quando a política de agressão aos seus interesses e direitos não estiver apenas nas manchetes da imprensa mas ainda mais dolorosamente presente nas suas vidas, nas suas famílias e nos seus bolsos, irão certamente irritar-se e desabafar indignadamente no trabalho, no café, nos transportes públicos ou ao jantar com a família.

O problema é que, se e quando o fizerem, pode acontecer que se lembrem que foi no PS, no PSD e no CDS que votaram. E, embora muito mais esteja alcance de um voto massivo à esquerda da troika nacional, designadamente na CDU, nem sequer vão então poder dizer de consciência tranquilo que assim está a ser mas
NÃO COM O MEU VOTO.

sábado, 14 de maio de 2011

RECONQUISTAR A LUZ E O SOL

Estamos em tempo de apagões.

Anteontem e ontem foi o blogger: deixou-nos às escuras, roubou-nos posts (e comentários), com isso suscitando uma avalanche de leituras diversificadas do que (cada um pensava que) estava a acontecer.

Felizmente - faça-se luz! - a luz voltou.

É certo que muitos dos posts (e dos comentários) «temporariamente retirados» não regressaram ainda às respectivas bases - mas os chefes garantem que, mais dia menos dia, hão-de voltar. E se eles garantem...

Estava a blogosfera assim mergulhada na escuridão e eis que outro apagão ocorria: este de tipo e dimensão e significado diferentes, já que tinha como protagonista principal o Sol - que nos dá luz a todos e não apenas aos bloggers - e como assistentes os 200 mil fiéis que, em Fátima, adoravam Nossa Senhora e o beato João Paulo II.

Foi assim: no momento em que «os fiéis assistiam a um vídeo sobre a ligação de João Paulo II ao Santuário», eis que «uma auréola» surge no céu, rodeando o Sol: «Só pode ser um sinal de João Paulo II», dizia uma fiel; e dizia outra: «Nos minutos em que Fátima revive a vida do beato João Paulo II aconteceu isto. Foi algo especial»; e «muita gente chorava, em comoção e lembrava a aparição de Fátima aos pastorinhos, o milagre do Sol»; e diziam muitos fiéis: «Milagre!», «Milagre!».

Milagre?: por enquanto, «ninguém da hierarquia da Igreja Católica portuguesa quis prestar qualquer depoiamento».

Por isso, aguardemos... tanto mais que a «auréola», tal como a «falha técnica» do Blogger, já passou...

Ainda em matéria de apagões, está o País às escuras por efeito da «crise» - nome dado às consequências de 35 anos de política de direita praticada pela troika indígena e às medidas de afundamento agora decretadas pela troika ocupante.

Neste caso, estamos perante um apagão mais complicado, muito mais demorado e de muito mais difícil solução.

Com efeito, se os posts foram «temporariamente retirados» dos respectivos blogues, e se a «aureóla» de Fátima foi à vida dela após os breves momentos que durou a sua «aparição», o mesmo não podemos dizer dos direitos dos trabalhadores - direito ao emprego, a um salário justo, a pensões e reformas dignas, a serviços públicos essenciais, etc, etc. - que há 35 anos têm vindo a ser roubados e que as duas troikas se preparam, agora, apagar completamente.

Quer isto dizer que, se em relação ao apagão do Blogger, esperámos - e a luz voltou;

e se em relação à «auréola» de Fátima, esperámos - e o Sol voltou;

no que toca ao apagão do País, não podemos esperar mais: temos que reconquistar a luz e o Sol que nos estão a roubar.

Lutando: manifestando-nos nas ruas de Lisboa e do Porto na próxima quinta-feira; votando na CDU no dia 5 de Junho.

E ganhando força para dar mais força à luta nos dias 6, 7, 8...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Três notas publicadas no Resistir.Info que convidam à reflexão

OPERAÇÃO DE BRANQUEAMENTO

A operação de branqueamento já começou.
Ela faz parte da estratégia da classe dominante para fazer passar o programa imposto pelo FMI/BCE/UE.

Dizem eles que "o programa nem é tão mau assim", "tem muitos aspectos positivos" ou que "podia ser pior".

Os seus áulicos nos media, jornais económicos inclusive, reflectem esta orientação.

Esquecem-se propositadamente de lembrar que o programa da troika é de uma contracção brutal da economia portuguesa, não mencionam as consequências do crescimento negativo.

Esquecem-se igualmente de dizer que tal programa irá muito além dos três anos previstos – trata-se de um programa para o subdesenvolvimento definitivo de Portugal.
Por sua vez, os seus representantes políticos que aprovam o programa da troika – PS, PSD, CDS e Presidente da República – estão interessados em louvar as benesses deste programa imposto pelo capital monopolista e financeiro. 

Compreende-se perfeitamente: as eleições de 5 de Junho estão à porta e precisam dourar a pílula.

Valem-se do facto de que os efeitos só se farão sentir após 5 de Junho.

NÃO HÁ LUZ NO FIM DESTE PROGRAMA-TUNEL

Não há luz no fim do programa-tunel proposto pela troika FMI/BCE/UE.
Os seus vassalos – PS, PSD e CDS – procuram dourar a pílula.
Dizem eles que este pacote seria "melhor" do que o grego ou o irlandês.
Mentem e sabem que mentem.
Conduziram o país ao desastre e utilizam o próprio desastre para justificar medidas ainda mais gravosas.
Os efeitos de um tal pacote são cumulativos: com tais medidas, passa-se da actual estagnação para a contracção económica – o pacote provoca crescimento negativo.
Ao cabo dos três anos deste programa Portugal estaria pior do que está agora.
A genese da crise portuguesa foi a recuperação capitalista-monopolista, com a corrupção que lhe é inerente.
A adesão à UE levou à desindustrialização e a entrada no Euro à estagnação.
Enquanto estas amarras não forem rompidas a crise não será superada.
Não deveria haver timidez da parte das forças progressistas em denunciarem os efeitos do pacote.

Eles podem ser antevistos desde já.
Nem tão pouco deveria haver timidez em propor as medidas de ruptura necessárias.
Os três anos do programa-tunel em que nos quer enfiar o FMI/BCE/UE desembocam em outro tunel ainda mais negro: o país estaria mais subdesenvolvido e menos produtivo do que hoje.
O PACOTE DO FMI/BCE/UE

O texto que o FMI/BCE/UE ditaram ao governo Sócrates, e que este vai assinar juntamente com PSD e CDS, será conhecido dia 6 de Maio às 11 horas .

Só depois disso será possível fazer uma análise concreta.
No entanto, do pouco que já veio a público pode-se concluir:  
1) Nenhum problema estrutural da economia portuguesa será resolvido com o dito "acordo";
2) Com a sua aplicação a economia portuguesa passará do estado de estagnação para o de contracção nos próximos três anos, com todo o seu cortejo de consequências;  
3) O pacote dos €78 mil milhões é em grande parte uma ajuda a banqueiros, que ficarão com uma fatia de €12 mil milhoes;  
4) Os grandes penalizados serão os trabalhadores e as camadas médias, tanto em sede fiscal como através de cortes nos benefícios sociais e nas despesas de saúde e educação;  
5) Portugal passa a ser um país tutelado, com visitas trimestrais do FMI/BCE/UE durante todo o período da "ajuda".  
6) As receitas neoliberais, com a privatização do (pouco) que resta do sector empresarial do Estado, serão intensificadas;  
7) A classe dominante portuguesa parece altamente satisfeita com o "trabalho" do FMI/BCE/UE (como disse com entusiasmo um desses professores de economia que têm acesso frequente à TV: "Esses técnicos conseguiram fazer em três semanas aquilo que o governo nunca fez em vários anos").  
8) Tem toda a razão de ser a acção de protesto prevista para o dia 5 às 18 horas frente ao Ministério das Finanças.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Hoje há Avante!

DESTAQUES: 
Rejeitar pela luta e pelo voto o pacto da submissão
O PCP reagiu, no dia 5, através de uma declaração do seu Secretário-geral, ao pacto assinado entre o FMI/BCE/CE e PS, PSD e CDS-PP. Jerónimo de Sousa alertou para a gravidade das medidas nele contidas, realçando que a não serem travadas pela luta, hipotecarão por décadas o futuro de Portugal e dos portugueses. Assim, a denúncia e rejeição deste pacto é, mais do que um direito, um dever, realçou o Secretário-geral comunista, reafirmando o caminho alternativo que o PCP propõe. Transcrevemos em seguida a declaração de Jerónimo de Sousa.
Portugal tem alternativa com o PCP
A troika FMI/BCE/UE entrou no nosso País com a arrogância dos opressores que vão recolher o espólio após a capitulação.
Recebida por quem lhe franqueou a porta com vassalagem, reuniu com instituições, recebeu os partidos que desde há 35 anos tudo fazem para liquidar as conquistas do 25 de Abril, vasculhou as contas públicas, fez um simulacro de «negociações» e, por fim, ditou a receita que já trazia na bagagem.
CDU em pré-campanha
A pré-campanha da Coligação Democrática Unitária está já no terreno travando a batalha da informação e do esclarecimento, prestando contas do trabalho feito na anterior legislatura e apresentando propostas para o futuro.
Bildu vai às urnas
Acórdão do Constitucional espanhol autoriza a coligação basca Bildu a concorrer às eleições de dia 22, revogando decisão contrária proferida pelo Supremo Tribunal. Decisão foi saudada pela generalidade dos partidos e organizações sociais bascas.
Agressão imperialista à Líbia
Barbárie sem limites
Os imperialistas que flagelam a Líbia são acusados de terem deixado morrer dezenas de imigrantes que seguiam à deriva no Mediterrâneo, fugindo do país na sequência da guerra. A NATO terá ignorado os pedidos de ajuda, refere o jornalo The Guardian.

Outro rumo com a luta
O «memorando» que o FMI, a UE e o BCE impuseram e que o Governo, o PS, o PSD e o CDS aceitaram vem dar razões ainda mais fortes para a participação em massa nas manifestações de 19 de Maio, em Lisboa e no Porto.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um debate político

Foi um debate político.

O debate entre Jerónimo de Sousa e Passos Coelho, ontem realizado, merece ser "ouvisto" e estudado.

Estará entre aquelas raras ocasiões em que, na televisão portuguesa, se encontra esclarecimento.

Quem o procura, evidentemente.

Quem procure que o seu voto seja o resultado de uma reflexão e, sabendo para o que quer, o queira usar como parte do poder que em todos nós está.



O debate mostrou que há um programa comum com que PS, PSD e CDS se apresentam a estas eleições.

Nem “as resmas de papel” (expressão de J.S.) das propostas do PSD podem ocultar que, no essencial, são as medidas do pacto de submissão e agressão ao povo e ao país que constituem o efectivo compromisso deste partido com os interesses dos grupos económicos e financeiros. Nem importa escolher saltar da "frigideira para o lume"...

Como Jerónimo de Sousa sublinhou, os três partidos estão juntos no rumo de desastre nacional que está em curso há mais de três décadas; juntos na ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, juntos no roubo dos salários, juntos no pacote de privatizações, juntos na ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde, juntos no processo de submissão nacional às imposições da União Europeia e do FMI.

Mas fê-lo de forma pedagógica, calma e não crispada e teve, no interlocutor, uma posição e reacções correctas, também calmas e não crispadas.

Discutiu-se politica e civilizadamente.

O debate permitiu reafirmar um rumo alternativo para o país, aquele que o PCP e a CDU propõem, até porque a "moderadora" teve uma intervenção equilibrada e profissional.

O que, confesse-se, até surpreendeu.

Segundo defendeu Jerónimo de Sousa, essa resposta assenta na necessidade da imediata reestruturação da divida pública – agora e não quando o país estiver de rastos, a exemplo da Grécia após as "receitas" que aqui se querem aplicar.

Uma resposta que promova e valorize a produção nacional, que vá buscar dinheiro e meios onde eles estão, aos lucros dos grupos económicos e financeiros, e que trave o processo ruinoso de privatizações apontando o caminho constitucional do reforço do Estado nos sectores estratégicos da economia.

No minuto final, J.S. sublinhou que “Portugal não é um país pobre”, que tem recursos e potencialidades, muito especialmente os seus trabalhadores.

Recursos significativos no mar, na agricultura, na indústria, e que, se postos ao serviço do país, podem inverter o rumo de retrocesso e declínio e abrir caminho a uma vida melhor para os portugueses.

Por último, J.S. fez a afirmação inequívoca de que o resultado das eleições só se conhece após a sua realização, e que ninguém é dono dos votos do povo português.

"Deste povo que mais cedo do que tarde saberá, pela sua luta, e também pelo seu voto na CDU, encontrar o caminho para a mudança que o país precisa."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Programas de Governo

O EXERCÍCIO do poder, mesmo que consentido pelo voto popular, não é um poder arbitrário e caprichoso, e as maiorias, mesmo que absolutas, não significam poder absoluto.

Em última instância, o exercício do poder tem que se subordinar aos compromissos estabelecidos com o eleitorado, através de uma espécie de contrato que, habitualmente, se consubstancia num programa de governação, o mais detalhado e rigoroso possível, coisa que entre nós tem valor relativo, pois, habitualmente, ninguém cumpre o que promete.

Salvo raras excepções, até agora, os programas não têm passado de meros exercícios de retórica, pois a prática política raramente respeita ou coincide com as intenções formuladas, e os políticos deviam ser penalizados por isso.

Ora neste momento, com excepção do PCP e do BE, os partidos PS, PSD e CDS-PP, têm todos os três - embora o neguem - o mesmo programa de governo, isto é, o acordo aceite e subscrito com a “troika” FMI-UE-BCE.

E não vale a pena tentarem arredondar as promessas, contornar as evidências, arvorarem-se em patriotas de gema, tentando convencer-nos que a situação não é exactamente essa, porque a realidade está bem à vista, isto é, já não somos senhores do nosso destino, e temos as mesmas prerrogativas que um qualquer protectorado de meia tigela.

Este não é o melhor caminho, e por este andar dificilmente o encontraremos.

Os exemplos dos outros para alguma coisa deveriam servir.

Basta deitar uma olhadela para o que se está a passar com a Grécia e com a Irlanda.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

TAL COMO HITLER...

Obama foi entrevistado pela CBS.

Foi a primeira entrevista do Presidente dos EUA depois do assassinato de Bin Laden.

Ficámos a saber o drama que foram, para Obama, aqueles «40 minutos» que durou a operação: «a incerteza sobre o seu êxito, a ansiedade», enfim, um horror...

E, depois, o alívio: o golpe profundo que fora vibrado sobre a Al-Qhaeda, a notável vitória alcançada no combate ao terrorismo...

Mas - avisou Obama! - o terrorismo não está ainda derrotado... é preciso prosseguir a caça aos terroristas...

(recorde-se: terroristas são, para o governo dos EUA, todos os que, em qualquer parte do mundo, não aceitem a supremacia da raça... norte-americana)

Obama explicou que a operação que levou à morte de Bin Laden, foi uma «operação militar, com homens e helicópteros, num país soberano» - assim mesmo: «num país soberano»! - acrescentando que este é o caminho para o combate ao terrorismo no futuro, avisando solenemente que os EUA farão operações semelhantes em qualquer país do mundo onde se acoitem terroristas...

Estamos, então, perante uma situação com contornos de novidade: o presidente do país mais poderoso do Planeta afirma publicamente a sua intenção de levar por diante acções militares em qualquer país onde ele, e os seus homens de mão, suspeitem existirem terroristas - e, como aconteceu no Paquistão, sem ouvir a opinião, sem avisar, sem passar cavaco aos governantes do respectivo país.

É o imperialismo norte-americano a afirmar publicamente, como nunca antes o havia feito, a sua postura de dono e senhor do mundo.

A confirmar as ameaças e os perigos que pesam sobre os países e os povos do mundo.

A mostrar as suas garras.

A exibir a sua sede de domínio - de sangue.

Com esta declaração, Obama deu o passo que faltava para cumprir plenamente o seu destino...

Tal como Hitler o fez há sete décadas atrás.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR