sábado, 31 de julho de 2010

Fugas…

A publicação de documentos militares secretos dos EUA respeitantes à guerra do Afeganistão tem importância.

Não tanto pela informação tornada pública – em geral dados, informações e relatos já veiculados no passado por outros meios – mas pelo facto de virem mais uma vez confirmar algumas das acusações feitas ao longo dos anos pelo PCP e muitos outros.

Lá estão nestes documentos as brigadas secretas com licença para matar; as prisões secretas; os massacres de civis, ente os quais crianças; as transformações de derrotas militares dos EUA em «acidentes» e lá está o pântano militar em que se encontram as tropas ocupantes.

Em suma, as provas de uma guerra assassina sem fim à vista e do terrorismo de Estado praticado pela NATO e pelos EUA.

Mas se aqueles que publicaram na Internet os 91 mil documentos secretos (e que afirmam ter em seu poder mais documentos) procederam de acordo com os seus objectivos – divulgar informação secreta à qual têm acesso através de várias «fontes» – há uma interrogação que é legítima.

Como e porquê agora uma tão massiva fuga de informação secreta proveniente de estruturas como o Pentágono e o DOD, as estruturas militares mais bem guardadas e com mais domínio das novas tecnologias do mundo?

A resposta poderá nunca ser encontrada, mas o facto de o grande destaque desta fuga de informação estar a ser dado à suposta colaboração do Paquistão com os Taliban e de o New York Times, no seu editorial de terça-feira, clamar em tom de ameaça por uma pressão de Obama sobre Islamabad são factores a ter em conta na análise do conteúdo e do timing desta fuga de informação, assim como na reflexão sobre a sua «utilidade» na estratégia de regionalização da guerra do Afeganistão e na concretização de conhecidos projectos de «balcanização» quer do Afeganistão quer do Paquistão.

Como se disse, este acontecimento tem importância.

Mas, num quadro em que é mais do que evidente a escalada da «Nobel» Administração Obama visando países como o Irão ou a Coreia do Norte, a História e a realidade ensinam-nos (e estes documentos voltam a prová-lo) que para prosseguir os seus objectivos o imperialismo recorre a tudo… inclusive a fugas controladas de informação.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A DEMOCRACIA DELES

A intensificação das provocações do imperialismo norte-americano contra os regimes progressistas da América Latina está a assumir aspectos de extrema gravidade.

Nos últimos dias, as provocações sucedem-se, especialmente a partir da Colômbia, a menina dos olhos de Obama naquela região.

A Venezuela é o alvo prioritário, estando criada uma situação que levou o Presidente Hugo Chávez a anular a sua viagem a Cuba e sendo previsível, a curto prazo, o agravamento e a agudização da situação.

Entretanto, paramilitares colombianos vêm a público revelar as práticas a que recorrem na sua acção ao serviço do regime.

Dizem eles que as ordens que têm - vindas do narco-fascista Uribe, obviamente - são no sentido de matar os inimigos mas sem deixar rasto, ou seja «fazer desaparecer os corpos de qualquer maneira», de forma a que não haja provas dos crimes que cometem.

Para cumprir as ordens, os paramilitares têm recorrido a métodos vários, designadamente «desmembrar os corpos e enterrá-los em valas comuns ou lançá-los aos rios».

Calcula-se que existam na Colômbia mais de mil valas comuns com milhares de corpos - recentemente foi descoberta uma com dois mil corpos.

Os militares uribistas dizem que se trata de «guerrilheiros mortos em combate», mas a verdade é que se trata de «líderes sociais, camponeses e comunitários dados como desaparecidos».

Um paramilitar, falando das valas comuns para onde são lançadas as vítimas, confessa que «muitas vezes isso é feito com as pessoas ainda vivas».

Todavia, a maior e mais recente inovação introduzida na Colômbia para fazer desaparecer os corpos, reside, dizem os paramilitares, nos «fornos crematórios onde os corpos são incinerados».

É esta a «democracia» que Obama e os seus lacaios querem impor à América Latina.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Hoje há Avante!

 
 DESTAQUES:
PCP assume defesa da Constituição
Valores essenciais para o futuro do País
Jerónimo de Sousa alertou, no dia 22, para as manobras em curso em torno das propostas de revisão constitucional do PSD, lembrando que a situação actual do País resulta da convergência entre este e o PS.
Governo acrescenta crise à crise
O balanço da primeira etapa da actual Legislatura confirma o que o PCP vem sublinhando desde há muito: apesar da nova correlação de forças na Assembleia da República o PS, com a ajuda do PSD e do CDS, acrescentou crise à crise, injustiça à injustiça, desigualdade à desigualdade.
Jovens pela paz
Mais de 250 jovens de todo o País acamparam em Avis no âmbito da campanha «Paz Sim! NATO Não!» e da divulgação o 17.º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.
Em defesa dos CTT
Centenas de representantes de trabalhadores e utentes dos CTT deixaram uma carta a Teixeira dos Santos com uma mensagem clara: Não à privatização dos CTT!
Híperes em regime livre
O PCP apela à indignação e ao protesto contra a decisão do Governo de liberalizar os horários das grandes superfícies, permitindo a sua abertura das 6 às 24 horas.
Avante com o desporto!
A Festa do Avante, que se realiza no primeiro fim-de-semana de Setembro, é também desporto, o que é visível nas inúmeras provas e iniciativas desportivas que ali acontecem e que passam, entre outros, por torneios, demonstrações e exibições de futsal, andebol, yoga, matraquilhos, boxe e kikboxing, slide, escalada, xadrez, damas, dominó, jogos tradicionais, jogos de boccia, malha e paraquedismo. Naquele espaço, situado junto à entrada da Medideira, com o objectivo de fomentar o desporto de massas alargando-o a toda a população, terão ainda lugar festivais de patinagem artística e de hip-hop, assim como uma gala de danças de salão.
Iniciativas que não acontecem apenas naqueles três dias e que saltam para a rua logo em Abril, com as jornadas desportivas de promoção do maior evento político-cultural do País.
Vontade de ser nação
Milhares de galegos sairam à rua em Santiago de Compostela, dia 26, em resposta a um apelo do Bloco Nacionalista Galego, para exigir a proclamação da Galiza como «uma nação».
Ameaça à paz
A República Popular Democrática da Coreia qualifica de «imprudentes» as acções militares conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul e lembra que as manobras surgem após ambos os países terem usado o caso Cheonan para «investirem freneticamente» contra a Coreia do Norte.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os «presos políticos»

A decisão do Estado cubano de libertar cidadãos julgados, condenados e presos em Cuba teve uma grande visibilidade mediática.

Mas, em vez da verdade, foram as mentiras, a ocultação de factos e as acusações gratuitas contra Cuba que marcaram o tom das notícias veiculadas pelos media dominantes.

Mais uma vez, como em tantas outras, o que se pôde ler nos jornais europeus tem muito pouco de notícia e muito de operação de desinformação e intoxicação ideológica.
 
Não se pretende aqui defender que o assunto não devesse ser notícia.

Pelo contrário, deve sê-lo porque não são muitos os países que tomam a decisão de libertar 52 pessoas que participaram numa ampla conspiração internacional contra o Estado e a Constituição desse mesmo país.

E aqui reside a grande ocultação e mentira das «notícias» que têm sido publicadas.

Os cidadãos ora libertados, e os que o serão ao longo dos próximos meses, não são inocentes e desprotegidos cidadãos cubanos cujo crime seria o de discordarem do regime político da ilha socialista.

Não! Como está bem documentado em provas apresentadas pelas autoridades cubanas e reconhecido por várias organizações internacionais, estas pessoas receberam de países estrangeiros (os EUA) fundos e materiais para conspirar contra o Estado cubano, um crime punido por lei em Cuba e de forma geral em todos os países do mundo. Essa conspiração teve um nome: projecto Varela.

Visava por diversos meios derrubar, se necessário pela força e por via de uma invasão militar estrangeira, as instituições cubanas, convocar um parlamento e nomear um governo provisório que tivesse como missão desmantelar o Estado e a constituição socialistas em Cuba.

Uma conspiração que envolvia dezenas de organizações, entre as quais várias norte-americanas, coordenada a partir do escritório de interesses dos EUA em Havana, dirigida por Washington e pela máfia de Miami.

O facto, e este deveria ter sido notícia, é que estas pessoas foram condenadas por crimes contra a independência e a integridade territorial de Cuba.

O facto é que foram pagos a peso de ouro pelos EUA por via de um financiamento milionário norte-americano ao projecto Varela de mais de 40 milhões de dólares.
 
É importante relembrar o período (2002/2003) da prisão destes mercenários.

Esse foi o tempo da inclusão de Cuba no “Eixo do Mal” de Bush; das ameaças directas de intervenção militar em Cuba; das acusações de que Cuba possuía armas de destruição massiva e desenvolvia um programa de armas biológicas.

O tempo da célebre ameaça de Bush de que o “regime de Castro não mudará por decisão própria”.

Foi deste perigo que Cuba se defendeu e foi nesse contexto que os cidadãos agora libertados foram julgados à luz da Constituição da República de Cuba e do seu ordenamento jurídico.

Não são portanto presos de consciência ou presos políticos.

E tão pouco são exilados, outra mentira repetida mil vezes nestes dias.

A decisão de sair de Cuba coube aos próprios, como o comprova a decisão de outros, de ali ficarem a residir.

O que sobressai desta libertação é que Cuba, no quadro do exercício da sua inquestionável soberania, acaba de realizar um gesto diplomático importantíssimo.

O futuro dirá da prevalência ou não da hipocrisia das posições dos que defendem medidas criminosas contra Cuba como a posição comum da União Europeia, ou o famigerado bloqueio.

Mas tudo isso é relegado para segundo plano.

O que interessa para os media é insistir na ladainha dos presos políticos e de uma feroz ditadura vigente na ilha do Caribe.

Simultaneamente assobiam para o lado face a verdadeiros crimes como o de Guantanamo onde cerca de 200 prisioneiros são mantidos em cativeiro há anos sem direito a julgamento; como o assassinato pelo exército e paramilitares colombianos de dezenas de milhares de cidadãos colombianos; como o golpe nas Honduras e o assassinato de opositores ao regime golpista ou ainda como o envio de assassinos a soldo para a Venezuela visando a vida do presidente Chavez e de dirigentes comunistas e progressistas venezuelanos.

Mas Cuba e os seus amigos já ensinaram ao mundo que sabem resistir e avançar, e é isso que incomoda os seus inimigos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre os novos e escandalosos lucros da banca

O anúncio dos lucros de três dos quatro maiores bancos privados portugueses confirma, mais uma vez, a situação de escandaloso benefício que continua a ter o sector bancário em Portugal. Num quadro de profunda crise económica e social, com o agravamento sistemático do desemprego e da precariedade, o ataque aos salários e às reformas, o corte das prestações sociais e (ou) degradação do investimento público, o aumento anunciado dos lucros do BPI e BES, respectivamente em 11,8% e 14,6% e a perspectiva de um aumento de lucros do BCP de 12,5% constituem um verdadeiro escândalo nacional.

De facto, ao mesmo tempo que penaliza os trabalhadores, suas famílias e a economia - em particular as micro, pequenas e médias empresas – o sector bancário continua a ser beneficiado com apoios públicos vultuosos que se mantêm em vigor, como acontece com o prolongamento da disponibilidade de apoio até 20 mil milhões de euros recentemente aprovado.

Não deixa de ser sintomático que, num momento em que os chamados testes de stress bancário concluem pela solidez das instituições financeiras, independentemente do papel que esses testes assumem no processo de rapina de recursos públicos, a banca mantenha uma atitude marcada pela usura e a forçada extorsão dos rendimentos familiares e das pequenas e médias empresas por via do preço do crédito e das comissões cobradas.

Comissões estas com um aumento crescente no conjunto das receitas das instituições financeiras, que se cifram em mais de 4800 milhões de euros em 2008 e 2009.

Os lucros agora anunciados confirmam a gravidade dos dados recentemente anunciados pela Associação Portuguesa de Bancos em relação ao ano de 2009, em que se confirma uma taxa efectiva de IRC na melhor das hipóteses abaixo dos 15% e que pode ser, a confirmarem-se as perspectivas mais optimistas da banca, na ordem dos 5%.

Num quadro em que o Governo, com o apoio do PSD, aplica restrições draconianas aos salários e às prestações sociais, e determina o aumento dos bens essenciais, seja através do aumento do IVA, seja da aceitação dos aumentos da energia e dos combustíveis, é gritante o contraste com os benefícios fiscais que se atribuem à banca e que permitem uma tão baixa tributação dos seus lucros.

Os dados agora anunciados confirmam a indispensabilidade de medidas que introduzam critérios de justiça fiscal na tributação da banca, tal como o PCP tem vindo a propor, designadamente e entre outras medidas, a aplicação de uma taxa efectiva de 25% (a taxa que está inscrita na lei), eliminando os amplos benefícios fiscais que hoje estão atribuídos a este sector.

Trata-se de uma medida que teria permitido em 2009 um encaixe de mais cerca de 160 milhões de euros (157,4) e que garantiria que o aumento dos lucros agora anunciado fosse pelo menos tributado a níveis idênticos aos aplicados à generalidade das empresas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Suspensão imediata do encerramento de mais escolas

Foi aprovado, na Assembleia da República, o projecto do Partido Comunista Português que recomenda a suspensão do encerramento de escolas.

Esta decisão da AR, portanto dos representantes eleitos pelo povo português, recomenda a suspensão imediata do encerramento das escolas.

No projecto aprovado pode ler-se que a desocupação fatalista do interior e a assimetria na distribuição da riqueza serão problemas agravados com a retirada dos serviços públicos, entre os quais a escola ocupa lugar estratégico.

domingo, 25 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

Isabel Alçada, escola fechada! *

Como o “Cravo de Abril” demontra neste texto, os nobres e patrióticos objectivos do Governo de Sócrates quanto ao ensino, a saber (entre outras coisas), poupar uns cobres e transformar milhares de crianças numa espécie de excursionistas forçados e sonolentos, percorrendo todos os meses milhares de quilómetros de caminhos que ligam as suas pequenas terras às localidades onde serão empilhados em grandes escolas superlotadas... vão de vento em popa.

De 500 escolas para destruir, passámos a 701!

Ocorrem-me três comentários:
1. De Sócrates e do seu historial académico, não seria de esperar um grande apego ao ensino.
2. De Isabel Alçada, pelos vistos, é melhor não esperar coisa nenhuma.
3. Enquanto quase todos os países fazem por ter um nível de ensino elevado, nós contentamo-nos em ter um ensino... “alçado”.
* Novo ditado popular

Samuel no Cantigueiro

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES SELVAGENS DO GOVERNO SÓCRATES

O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e o "Plano de Austeridade" incluem um enorme pacote de privatizações, quantificado em 6 mil milhões de euros, o que pode levar à quase liquidação do que resta do Sector Empresarial do Estado (SEE).

São abrangidas empresas nos sectores da energia (GALP, REN e EDP), financeiro (BPN e CGD Seguros), transportes (TAP, ANA CP e EMEF) e outras, incluindo os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

A par destas privatizações, há a intenção de prosseguir o ataque à Administração Pública pondo em causa ou fragilizando a prestação de serviços públicos, nomeadamente com o encerramento de escolas e unidades de prestação de cuidados de saúde.

Os signatários estão particularmente preocupados com as consequências a longo prazo que tais medidas poderiam ter considerando os fins de natureza política (subordinação do poder económico ao político), económica (concretização de uma estratégia de desenvolvimento) e social (prestação de serviços essenciais às populações).

Esta preocupação ancora-se na experiência de privatizações que:

enfraqueceram a capacidade do Estado de realizar uma política de desenvolvimento;

conduziram à perda dos centros de decisão nacionais a favor do capital estrangeiro;

transferiram a posse de sectores e empresas que são monopólios naturais para privados; debilitaram o serviço público;

reduziram a mobilidade das populações, por via da privatização de empresas de transportes; destruíram postos de trabalho, precarizaram o emprego.

Assina a petição aqui.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hoje há Avante!

 DESTAQUES:
Debate sobre o estado da Nação
Portugal está mais injusto, mais desigual, mais dependente e mais endividado
O Governo foi ao debate da Nação no Parlamento falar de um País sem correspondência com a realidade, na vã tentativa de escamotear o resultado desastroso da sua política. Coube ao PCP trazer à colação a verdade nua e crua de «um País mais injusto, mais desigual, mais dependente e mais endividado», e deixar claro que o que Portugal precisa é de «uma nova política de ruptura, patriota e de esquerda ao serviço do povo e dos interesses nacionais». Só assim é possível inverter o caminho das injustiças, de retrocesso social e de declínio nacional.
Recuo enganador
Cultura ainda mais pobre
Face à contestação provocada pelos anunciados cortes na área da Cultura o Governo encenou um aparente recuo, mas na verdade transformou a suspensão de um corte de 10% nos apoios atribuídos num corte efectivo de 100% nos apoios a atribuir, acusa o PCP, que considera mais uma «marca da política da direita» a redução de um orçamento que representa, em 2010, apenas 0,29% da despesa total do Estado e 0,14% do PIB.
PCP
500 acções contra o PEC
Jerónimo de Sousa participou, na última semana, em várias iniciativas partidárias no Alentejo, no âmbito das 500 acções contra o PEC. Moura, Portalegre e Santiago do Cacém foram os concelhos visitados.
Acampamento
«Paz sim! NATO não!»
No âmbito do 17.º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, que terá lugar este ano na África do Sul, realiza-se, entre amanhã e domingo, um acampamento nacional, em Avis, na Albufeira do Maranhão.
Ferroviários
Greve pela segurança
Os ferroviários paralisam hoje entre as 13 e as 16 horas, concentrando-se junto ao Ministério da Administração Interna para exigir o reforço das forças policiais necessário à segurança nos comboios.

Tribuna Pública
Contra as privatizações
O agravamento da dívida em 19 por cento do PIB em menos de duas décadas e o aumento do défice orçamental em 4,9 por cento do PIB em apenas dez anos, para além das nefastas consequências para os trabalhadores e as populações, justificam a adesão massiva à campanha da CGTP-IN contra as privatizações.
Redução salarial na GM
A administração da fábrica da General Motors em Estrasburgo fez chantagem com os seus 1150 operários, levando-os a aprovar em referendo uma redução salarial em troca de manter a unidade em funcionamento.
Ocupação sem fim
A conferência internacional de Cabul, realizada esta terça-feira na capital afegã, admitiu a entrega de algumas zonas do país às autoridades locais, mas tanto Clinton como a Nato deixaram claro que a ocupação não tem à vista.

DAGONG DEGRADA CLASSIFICAÇÃO DOS EUA

Para a Dagong, a agência de classificação chinesa, os EUA merecem apenas um "AA" do ponto de vista da dívida soberana.

Numa listagem de 50 países analisados, apenas sete mereceram a classificação máxima "AAA".

Quanto à própria China, a agência atribui-lhe a classificação AA+, superior à dos EUA mas inferior à máxima dos três A.

O Brasil e Portugal surgem e 27º e 29º lugar com uma classificação "A-".

A notícia está em Dagong .

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A CREDIBILIDADE DESTES TESTES DE STRESS

Hoje 6ª feira serão divulgados os testes de stress a 91 bancos europeus.

Tudo indica que a credibilidade dos mesmos é altamente duvidosa.

Aparentemente foram concebidos para que quase todos fossem aprovados (excepto alguns casos mais gritantes de bancos que à partida já se sabia estarem mal), a fim de aumentar a famosa "confiança".

Mas se essa foi a intenção, a aprovação generalizada poderia significar um tiro pela culatra e a dita confiança ao invés de aumentar poderia, sim, diminuir.

É como em certos "exames" de matemática elaborados pelo Ministério da Educação em que se pergunta quanto é 5+2.

Passam todos e conseguem-se belas estatísticas de aprovações.

terça-feira, 20 de julho de 2010

OS VERDADEIROS TERRORISTAS

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pilar del Rio escreve sobre Saramago

No El País Semanal de hoje, um belo texto de Pilar del Rio sobre José Saramago, intitulado Viaje por Saramago e que é acompanhado de belíssimas fotografias com legendas extraídas de obras do escritor.

«José Saramago escribía libros y abría puertas por las que transitamos hacia una cultura, otros escritores, un modo de entender la vida, un país.

Supimos un día que Portugal tiene el tamaño adecuado para que una mujer, Blimunda, lo recorra a pie buscando a su hombre, al que acabará encontrando minutos antes de que la Santa Inquisición lo queme vivo por el nefando crimen de haber ayudado a juntar voluntades humanas y así volar en una pasarola que recorrió los cielos de Lisboa, Mafra, la sierra de Montejunto y los mares de Ericeira en un viaje único porque un fraile culto, un hombre manco y una mujer con poderes juntaron pensamiento y arrojo, valores humanos a los que no renunciaron pese a la amenaza de pagar por ello un precio tan alto como alta es la propia vida, la de cada uno, la de todos.

La trinidad laica que formaban Blimunda, Baltasar y Bartolomeu entre sueños y estrecheces oyó tocar a Scarlatti porque la música es aérea y él cómplice en la elevación de los seres humanos, mientras, más allá de los acordes, trabajadores reclutados a la fuerza por el ejército de Don João V construían un convento palacio para conmemorar el nacimiento de Maria Bárbara, y por el que hoy pasean los turistas con Memorial del convento bajo el brazo.

Y por llevar el libro entienden mejor la arquitectura y la naturaleza humana. Íntimamente mejor.

En la raya con Extremadura está el Alentejo.

Dice Saramago, por haber mirado tal vez desde la moderna altura de un avión, o desde su estatura, quién sabe, que lo que más hay en la tierra es paisaje, a no ser, añade, la abundancia de penas y tantos sueños sin cumplir de gente que él ha conocido bien, los campesinos sin tierra del Alentejo que cruzaron su tiempo esperando el día levantado y principal en el que pudieran decir, por fin, aquí estamos, somos y merecemos lo que la historia nos viene negando.

Ese día en que los vivos y los muertos se juntarían en un desfile alegre, al que no faltaría el perro Constante, ni los Maltiempo que se sucedieron en una dinastía siempre pobre, de trabajar de sol a sol, de mudarse de un lugar a otro, estos olivos, estos campos sin sembrar, esta lluvia, el ajuar sobre un burro, el colchón, la olla, poco más tenemos que estos hijos, van al desfile Juan y su mujer Faustina, que juntos comieron pan y chorizo una noche de invierno, y Sara de la Concepción y Domingo Maltiempo, todavía con la soga al cuello, la soga con la que se ahorcó por culpa del vino y del mal vivir, o Tomás Espada con Flor Martinha, tanto tiempo esperándote, decía ella, o la hormiga mayor, que vio en Monte Lavre cómo torturaban a Germano Vidigal mientras ella arrastraba provisiones con las que pretendía llegar hasta el día del desfile, un tiempo en que ninguna policía política mataría a golpes a un hombre, relato verdadero que Saramago reconstruye en Levantado del suelo y que no pudo volver a leer nunca porque no era capaz de aguantar tanta brutalidad.

Para distanciarse eligió, a la hora de narrar, el punto de vista de la hormiga, sin saber, o intuyéndolo, que hasta las hormigas, con sus minúsculos cerebros, expresarían alarma, quiénes son estos, de qué vientre han nacido para creerse dueños de otros que también han nacido de vientres, tan iguales todos al nacer, con el mismo futuro, de no mediar las hambrunas y otras maldades que confunden a la genética y ofenden a la ética (...).

Artigo integral aqui.

domingo, 18 de julho de 2010


Eu sei:

Não há um só espaço sem dor.

Por todo o lado abutres patrocinam a derrocada do ser humano, definitiva aquisição do capital.

Olhos e vozes convergem no temor, convocam o silêncio e o conformismo, premeiam a desistência, o imobilismo.

Os braços já não se querem alavancas e fenecem olvidados das mãos que em outros tempos aliavam aos dedos outros dedos parceiros de sonhos, fonte de beijos que selavam o feliz destino comum.

Agora, o odor da noite perpétua caustica os que prevaricam dizendo não.

O nauseabundo conformismo vigia, por todas as pides, os que persistem na crença de que não há limites para a História.

Os bufos renasceram e são profusamente premiados por apontarem qualquer laivo de resistência, qualquer aspiração de Liberdade.

O que pretendem é recuar no tempo e fazer de conta: nunca existiu Neruda, Ary ou Catarina!

Anseiam pelo ruído das botas de Pinochet cunhando de sangue as estradas da esperança.

Julgam-se sábios, omnipotentes.

Mas, na verdade:

Sei que não podem tudo, porque tu existes.

A tua força é a soma das vontades que agregadas, recusam render-se.

O teu semblante resulta do orgulho de todas as faces que lutaram honrada e corajosamente desde 1921.

 A rubra cor do teu ideal reproduz o oceano de esperança e determinação que sempre te caracterizaram, mesmo nos tempos mais negros.

Sem ti, meu Partido Comunista Português, a Idade Média seria a próxima paragem e restar-nos-ia a longa espera de séculos para reverter a situação.
 

sábado, 17 de julho de 2010

Modernices

Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, regozijou-se há dias por o País ser um dos que melhor aproveita as novas tecnologias. Dizia mesmo, em Abril deste ano, que «Portugal é hoje líder no governo electrónico».

Não faltou muito para se perceber as facilidades que o uso dessas novas tecnologias pode proporcionar ao País.

José Sócrates terá ouvido dizer que ali para os lados de Vouzela havia umas escolas onde, por serem poucos, os meninos e meninas não aproveitavam devidamente tais tecnologias.

Acto contínuo pediu emprestado o Magalhães (é bom não esquecer que todos os ministros o usam) que o ministro Pedro Silva Pereira utiliza desde aquela demonstração em que meninos de uma outra escola só brincaram nos portáteis enquanto o primeiro-ministro esteve por perto e entrou no messenger, para dizer à ministra da Educação que desse melhor uso a tal ferramenta.

Segundo ouvi dizer, Sócrates terá mesmo afirmado que «pelo facto dessa internet ter pouco uso Portugal pode cair para segundo lugar no ranking da electrónica mundial!»

Isabel Alçada usou o skipe para mandar determinar que tais instrumentos fossem imediatamente confiscados e colocados a uso num dos mega agrupamentos que estão a ser criados para ganhar economia de escala, até porque essas escolas de poucos meninos já não se usam e são para fechar!

Na Direcção Regional de Educação do Centro um sujeito diligente, a quem confiaram o alto estatuto de director, apesar de só escrever no teclado com o indicador da mão direita enquanto segura os óculos com a esquerda (não vá ele fazer a figura de um certo secretário de Estado há dias na AR), enviou, tão rápido quando possível, um e-mail para a empresa subcontratada em regime de outsourcing responsável pela retirada de modems cujo uso médio esteja abaixo dos limites impostos pelos ratings da Moodie's e ordenou o imediato cumprimento da determinação superior.

António, um engenheiro electrotécnico a quem calhou a sorte de um contrato por três meses na citada empresa, inseriu no GPS a localidade de Mogueirães, depois de ter confirmado duas vezes o nome, e chegou lá num saltinho. Ao fim da tarde, sem internet nessa e noutras escolas de terras de nomes esquisitos, estava o progresso, novamente, em marcha!

É tão bom sermos um País moderno!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

As empresas estratégicas devem ser públicas



O patriotismo dos accionistas de referência, ligados ao capital financeiro, “era afinal uma questão de cifrões.”


Via CDU Arouca

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Hoje há Avante!

 DESTAQUES:

Mais protesto
Muitos milhares de pessoas participaram nas dezenas de acções que deram expressão ao «dia nacional de protesto e luta», promovido pela CGTP-IN e que foi mais um passo no incontornável caminho da intensificação da resistência contra a política de direita e por uma mudança de rumo na governação do País.
Jerónimo de Sousa alerta para o agravamento das injustiças sociais
Cerca de mil pessoas participaram, domingo, na Praia Fluvial Olhos de Fervença, Cantanhede, na 21.ª edição do Passeio das Mulheres CDU do Porto, um alegre convívio que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
Benefícios à Banca
Os benefícios e apoios fiscais concedidos à banca permitiram que o sector pagasse menos 40 por cento de impostos em 2009. Trata-se de um «verdadeiro escândalo nacional», diz o PCP.
Debateu cultura
O Partido Comunista Português recebeu, segunda-feira, na Assembleia da República, vários agentes culturais para uma reunião pública sobre os cortes anunciados pela ministra da Cultura.
Retrocesso e estagnação
O Relatório de Orientação da Política Orçamental apresentado pelo Governo é a versão três do PEC, «programa de estagnação económica e retrocesso social». acusa o PCP.
Arte e transformação social
A Festa não seria a Festa se não associasse às mais variadas expressões artísticas e culturais de reconhecida qualidade uma vontade imensa de denunciar as injustiças – primeiro e decisivo passo para transformar o mundo que as cria e eterniza. É isso que fará, uma vez mais, o Avanteatro ao longo de dois dias e meio de teatro, música, dança, poesia e cinema – como sempre à disposição do visitante da Festa, qualquer que seja a sua origem, profissão ou formação.
Luta sem tréguas
Os trabalhadores gregos paralisaram o país, a 8 de Julho, em protesto contra o novo pacote de medidas que reduz as pensões, aumenta a idade de reforma e agrava a legislação laboral. Foi a 13.ª greve geral desde Dezembro de 2009.
Luta obrigou governo a recuar
O anúncio da trégua de 90 dias, entre o governo e trabalhadores do sector bananeiro, não foi suficiente para calar a revolta popular face à violenta repressão sobre milhares de pessoas.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Formação de médicos: Continuam a gozar connosco e com o país

A matéria de fundo para que esta manchete do Público de ontem remete (na parte referente ao não aumento das vagas em Medidicna) já foi devidamente abordada aqui e dispensa praticamente outros comentários.

De momento, nem estou interessado em saber ou em identificar onde estão desde há mais uma década as resistências corporativas a um significativo aumento de vagas em Medicina adequado à comprovadíssima falta de médicos no país.

É que, quem que que sejam os sectores em causa, neles ninguém votou.

Se há essas resistências, então o que importa reter é que elas só têm sido triunfantes porque há governos, primeiro-ministros e ministros da Saúde que as têm caucionado e avalizado.

Resumindo:

são José Sócrates e Ana Jorge que devem, com carácter de urgência, uma clara explicação ao país sobre o que explica o prosseguimento de uma autêntica chuchadeira de mau gosto e de péssimos resultados para a saúde em Portugal.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Krugman, Cavaco, Merkel, outros que tais e outros mais

O Prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, sempre com a sua canónica provocação, insiste na hipótese de Portugal sair do euro;

Cavaco Silva, sempre com o proverbial conservadorismo reaccionário, logo veio dizer que não senhor, com o irrespondível argumento de autoridade de que ele é que sabe dessas coisas e até tem livros publicados, pois então!;

... e o que acha a Ângela Merkel, ao leme do directório?

E, já agora, o que pensa a ralé, as massas sem "massas", os micro, pequenos e médios empresário?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

HONDURAS: A RESISTÊNCIA CONTINUA

O balanço da situação das Honduras, um ano após a destituição do presidente legítimo Manuel Zelaya, não deixa margem para dúvidas sobre a natureza do golpe fascista perpetrado por militares hondurenhos, dirigidos e apoiados pelo governo dos EUA.

Durante os seis meses de duração do governo do fascista Micheletti - entre Junho e Novembro de 2009 - foram assassinadas centenas de pessoas - e nos seis meses de governo de Porfírio Lobo o número de assassinatos ultrapassa já os 150.

Quer num quer noutro governo as perseguições, prisões, torturas, «desaparecimentos» passaram a fazer parte do dia-a-dia da vida do povo hondurenho.

Trata-se, regra geral, de assassinatos selectivos: homens, mulheres e jovens ligados à Frente Nacional de Resistência Popular; dirigentes sindicais; dirigentes políticos; militantes de movimentos sociais; jornalistas - 10 jornalistas foram assassinados desde que o governo de Porfírio Lobo tomou posse.

O golpe Micheletti/Obama, com as suas trágicas consequências, é bem o espelho da criminosa política do imperialismo norte-americano, seja qual for o presidente de serviço em cada momento.

Entretanto, o povo hondurenho continua a resistir.

domingo, 11 de julho de 2010

Quantos pobres custa um rico?

«Já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à penúria absoluta - para produzir um rico?”

Recordei esta pergunta feita por Garret no seu livro «Viagens na minha terra» quando li há dias que o World Wealth Report 2009 publicou um estudo dizendo que no último ano o número de portugueses com fortunas superiores a um milhão de dólares (mais de 800 mil euros) aumentou em mais de 600, sendo agora o número de milionários portugueses superior a onze mil!

Nestes tempos em que à sombra da crise crescem os milionários vale a pena deitar também um olhar para o que se passa à escala mundial.

Segundo a Universidade das Nações Unidas, 2% dos mais ricos do mundo (isto é, 37 milhões de pessoas) possuem mais de 50% da riqueza mundial, enquanto os bens de metade da popu­lação mundial, mais de 4 mil e 300 milhões de pessoas, não ultrapassam no seu con­junto 1% da riqueza global.

Entre os 13 milhões de milionários recenseados (metade dos quais nos Estados Unidos, Japão e Alemanha) 1% possuía 40% dos acti­vos globais e 10% dentre eles detinham 80% do património mundial!

Também em Portugal entre os milionários há super milionários que concentram em 3 fortunas mais de 4,5 mil milhões de euros! Mas assinalava também o World Wealth Report: o consumo interno sofreu em Portugal uma quebra (pudera!) de mais de 10%. É que em contraponto com estes 11 mil milionários há agora em Portugal, dizem as estatísticas oficiais, mais de 2 milhões de pobres...

A concentração da riqueza não se verifica apenas à escala planetária, regista-se também em cada país capitalista, como os Estados Unidos ou a Inglaterra, que na União Europeia disputa com Portugal o primeiro lugar no fosso entre pobres e ricos.

É o funcionamento «normal» do sistema capitalista que reproduz estas situações e as agrava compulsivamente se não tem quem lhe faça frente.

Por isso somos contra o sistema mundial do capitalismo.

sábado, 10 de julho de 2010

A saída do euro como solução para a crise da dívida pública

Um grupo de economistas da Universidade de Londres — Costas Lapavitsas (coordenador), A. Kaltenbrunner, D. Lindo, J. Michell, J.P. Painceira, E. Pires, J. Powell, A. Stenfors, N. Teles — afirmou que a crise da dívida pública dos países periféricos da zona euro (Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha) tem origem nos excedentes da balança de transacções correntes da Alemanha e defende a reforma da União Monetária ou a saída do euro como soluções para a crise.

Estas conclusões são apresentadas no estudo "Crise da Eurozona: Empobrece-te a ti próprio e ao teu vizinho" ("Eurozone Crisis: Beggar Thyself and Thy Neighbour").

Deixo as Alternativas apontadas:

"Existem três alternativas estratégicas para os países periféricos.

1. A primeira traduz-se em programas de austeridade acompanhados por acrescida liberalização da economia. Esta é a opção preferida pela zona euro e pelas elites da periferia. É igualmente a pior opção. A estabilização económica será obtida através da recessão e da imposição de elevados custos sobre os trabalhadores. Este cenário oferece perspectivas reduzidas no que toca a futuro crescimento sustentado já que se acredita em aumentos de produtividade espontâneos após as medidas de liberalização. Adicionalmente, não contempla qualquer reforma que altere a arquitectura enviesada da zona euro.

2. A segunda consiste na reforma radical da zona euro. Tal opção envolveria maior liberdade orçamental para os estados-membros, um aumento substancial do orçamento europeu, transferências dos países ricos para os mais pobres, medidas de protecção laboral e investimento europeu dirigido aos sectores industriais ambientalmente sustentáveis. Os restritivos estatutos do BCE seriam igualmente revistos. Esta pode ser designada como a alternativa do “euro bom”. Problemas políticos à parte, é provável que esta estratégia apresente algumas ameaças para as ambições do euro enquanto moeda de reserva internacional, devido à sua provável desvalorização. Tal facto constituiria, por si só, uma ameaça à viabilidade da União Monetária.

3. A terceira alternativa para os países periféricos é a saída radical da zona euro. Tal alternativa resultaria, de imediato, na desvalorização das moedas nacionais, seguida da cessação de pagamentos e reestruturação da dívida. A banca teria de ser nacionalizada e o controlo público estendido aos sectores estratégicos da economia. Uma política industrial, promotora do aumento da produtividade, seria necessária. Esta opção requer uma alteração radical na correlação do poder que seja favorável aos trabalhadores. De forma a evitar estratégias de autarcia nacional, os países da periferia precisariam manter o acesso ao comércio internacional, à tecnologia e ao investimento."

(coloquei-a a vermelho porque me parece a mais acertada).

O relatório integral pode ser descarregado aqui  a partir do sitio http://www.researchonmoneyandfinance.org/ .

Ver o artigo do Resistir.info.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

RESOLUÇÃO - DIA NACIONAL DE PROTESTO E LUTA - 8 JULHO 2010

A CGTP-IN mantém a sua firme oposição ao Programa de Estabilidade e Crescimento e às medidas que vêm sendo impostas pelo Governo PS com o acordo e apoio activo do PSD e do grande patronato.

Tais medidas são falsas soluções para a crise.

A crise tem causas e responsáveis:

são os especuladores financeiros;

a injusta distribuição da riqueza;

o saque aos Orçamentos do Estado e a manipulação do papel dos Estados;

a destruição do tecido produtivo e a privatização progressiva de tudo o que possa interessar ao “mercado”;

a corrupção, o compadrio, a promiscuidade e a subordinação do poder político ao poder económico;

as políticas de baixos salários e de precariedade;

o desrespeito pelas leis laborais;

o bloqueio crescente da negociação colectiva e o ataque aos sindicatos.

É POSSÍVEL MUDAR DE RUMO COM A LUTA DE QUEM TRABALHA!

COM ESPERANÇA, DETERMINAÇÃO E CONFIANÇA JUNTOS VAMOS DERROTAR ESTAS POLÍTICAS!
 

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Hoje há Avante!

 DESTAQUES:
Greves e concentrações por todo o País
Hoje é dia de luta
Face ao aumento do desemprego e da precariedade, dos impostos e dos bens de consumo, com a redução dos salários e das pensões, a CGTP-IN dá hoje voz ao justo protesto dos trabalhadores e à exigência de outra política.
PCP na primeira linha de combate
Contra o aumento dos preços e o roubo nos salários
No dia 1 de Julho, o PCP realizou mais de cem acções de rua contra o aumento dos preços e o roubo nos salários. Ao fazer isto, esteve onde tem que estar como Partido Comunista que é: junto dos trabalhadores e das populações, protestando, esclarecendo e mobilizando para a luta.
«Paz sim! NATO não!»
61 anos de militarismo
No âmbito da Campanha «Paz sim! NATO não!» realizou-se um acto público com a instalação de 61 cruzes negras e um mural.
Desemprego
Taxa ronda 11%
A taxa de desemprego divulgada pelo Eurostat, a rondar os 11 por cento, é a mais elevada dos últimos 30 anos.
Saúde
Ataque ao SNS
O PCP acusa o Governo de, com a sua política de cortes cegos, agravar as condições de acesso das populações aos cuidados de saúde.

Festa do Avante!

«Carvalhesa» – 25 anos
 
Grécia
Greve geral
O país volta hoje a parar na que será a 12.ª greve geral num espaço de seis meses. A adesão à jornada de luta de 29 de Junho mostra que os trabalhadores gregos não baixam os braços.
Norte-americanos
sofrem impacto da crise capitalista
A maioria dos trabalhadores norte-americanos afirma que ficou sem emprego, viu o seu rendimento baixar ou foi obrigado a aceitar redução de horário ou trabalho a tempo parcial.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Évora - Horários dos Autocarros - 08 de Julho - Dia Nacional de Protesto e Luta

ALANDROAL

13,00 h. Casas Novas – Cabeça de Carneiro – Montejuntos – Terena –
14,00 h. ALANDROAL (Terminal Rodoviário)

ARRAIOLOS

14,45 h. ARRAIOLOS (Multiusos)

BORBA

14,00 h. BORBA (frente à Câmara Municipal)

ESTREMOZ

14,00 h. ESTREMOZ (no Rossio, junto às Bombas “Repsol”)

MONTEMOR-O-NOVO

15,00 h. MONTEMOR (Cine-Teatro “Curvo Semedo”)

MORA

14,30 h. MORA (frente à Câmara Municipal)

MOURÃO

14,00 h. MOURÃO (junto aos Bombeiros)

PORTEL

14,30 h. PORTEL (Estaleiros Municipais)

REDONDO

14,30 h. REDONDO (Estaleiros Municipais)

REGUENGOS DE MONSARAZ

14,30 h. REGUENGOS (Praça da República)

VENDAS NOVAS

14,00 h. VENDAS NOVAS (frente às Piscinas Municipais)

VIANA DO ALENTEJO

14,30 h. VIANA (Estaleiros Municipais)

VILA VIÇOSA

13,30 h. VILA VIÇOSA (junto à Câmara Municipal)

Inscrições até ao final do dia 7 de Julho

Mas à hora arranja-se sempre mais um lugar (digo eu). Não faltes!
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR